As Forças Armadas hondurenhas afirmaram, na noite da quinta-feira, 23, que não são responsáveis pela segurança do deposto presidente Manuel Zelaya que no mesmo dia partiu em uma caravana da capital da Nicarágua, Manágua, em uma segunda tentativa de regressar ao seu país, apesar das advertências de que será preso ao pisar em território hondurenho, feitas pelo governo atual.
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"Nós não podemos assumir a responsabilidade pela segurança de pessoas que, por promoverem a violência generalizada no país, estão sujeitas a serem atacadas, até mesmo pelos seus próprios adeptos, com o único objetivo de se tornarem mártires", disse o Ministério da Defesa, em comunicado oficial.
Zelaya chegou a dizer, esta semana, em Manágua que "se algo me acontecer a caminho de Honduras, se eu for assassinado, o responsável pela minha morte será o general Romeo Vasquez (comandante-em-chefe das Forças Armadas de Honduras).
"Nossa organização respeita os direitos individuais e garantias dos cidadãos em geral, o que tem sido amplamente demonstrado no curso dos atuais acontecimentos", acrescentou, referindo-se à destituição de Zelaya do poder, em 28 de junho.
Com a iminente chegada do presidente deposto a Honduras, o interino Roberto Micheletti impôs novo toque de recolher obrigatório na região da fronteira com a Nicarágua.