Hugo Chávez e sua luta contra o câncer

Tratamento começou em junho do ano passado, quando o presidente Venezuelano foi operado pela primeira vez

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Por ENRIQUE ANDRES PRETEL
Atualização:

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, admitiu que deve ser operado novamente em Cuba devido ao retorno do câncer que foi diagnosticado inicialmente no ano passado. Antes de partir, nomeou o vice-presidente, Nicolás Maduro, como seu sucessor, no caso de não conseguir retornar ao poder. Abaixo, uma cronologia com os principais fatos desde que o governante esquerdista surpreendeu o mundo em junho de 2011 com o anúncio de que sofria de câncer. 2011 30 de junho - Em um forte discurso à nação lido desde Cuba, um pálido e magro Chávez anuncia que foi operado de câncer 20 dias antes em Havana. 4 de julho - O governante faz um impactante regresso não planejado de Cuba na véspera do Dia da Independência. 17 de julho - Volta a Cuba para dar início à quimioterapia. 28 de julho - Chávez comemora seu aniversário de 57 anos e promete conquistar a reeleição em 2012. 10 de agosto - Cresce popularidade do presidente em meio ao chamado "efeito solidariedade" devido à doença. 14 de setembro - A autoridade eleitoral marca as eleições presidenciais para 7 de outubro de 2012. Chávez diz que concorrerá à reeleição. 22 de setembro - O presidente termina o quarto e último ciclo de quimioterapia. 20 de outubro - Após exames médicos em Cuba, declara-se livre do câncer e seus médicos dizem que ele está completamente curado. 28 de outubro - Chávez volta às ruas para liderar a campanha pela reeleição. 2 de dezembro - Volta à cena internacional com uma cúpula continental sem os Estados Unidos. 19 de dezembro - Busca retomar a imagem de homem forte com uma campanha "corpo a corpo". 20 de dezembro - Participa da cúpula do bloco econômico Mercosul no Uruguai, sua primeira viagem política desde o diagnóstico. 2012 8 de janeiro - Chávez retoma o programa de rádio e televisão símbolo de seu governo "Alô Presidente". 12 de fevereiro - O jovem governador do importante Estado de Miranda, Henrique Capriles, passa a ser candidato único da oposição para desafiar Chávez após ganhar as primárias. 21 de fevereiro - Chávez anuncia que será operado novamente por uma lesão na mesma região em que teve câncer. 28 de fevereiro - É operado em Cuba. 4 de março - O presidente diz que terá de se submeter a radioterapia. 11 de março - Reconhece que reduzirá seu ritmo de trabalho, mas continua perseguindo a reeleição. 14 de março - Capriles vai às ruas para conquistar os partidários de Chávez. 16 de março - Chávez volta à Venezuela após a cirurgia. 25 de março - Volta a Havana para dar início à radioterapia. 5 de abril - O presidente chora durante uma missa por sua saúde e pede a Deus: "Não me leves ainda". 14 de abril - Volta a Havana para ciclos de radioterapia e não comparece à Cúpula das Américas. 2 de maio - Em uma decisão surpreendente, o governante estabelece um conselho assessor do governo, num momento de debate nacional sobre a possível sucessão devido a suas frequentes ausências enquanto recebe tratamento para câncer. 7 de maio - Chávez interrompe vários dias de silêncio e assegura que governa plenamente a Venezuela apesar do tratamento para o câncer que recebe em Cuba. 9 de junho - Anuncia que saiu "absolutamente bem" dos exames médicos que realizou após um tratamento de radioterapia. 11 de junho - Chávez registra sua candidatura para as eleições presidenciais. 9 de julho - O presidente garante que está completamente livre do câncer. 13 de julho - Volta às ruas e desafia apostas de que haverá uma campanha virtual. 7 de outubro - O governante conquista a reeleição contra Capriles e assegura o socialismo até 2019. 27 de novembro - A Assembleia Nacional autoriza a viagem de Chávez a Cuba para receber terapia hiperbárica, um tratamento complementar comum em pacientes que receberam radioterapia. 7 de dezembro - Chávez retorna à Venezuela, acompanhado por seu vice-presidente, Nicolás Maduro, e duas de suas filhas. 8 de dezembro - O presidente anuncia que voltará a Cuba para ser submetido a uma nova cirurgia devido ao retorno do câncer e designa Maduro como seu eventual sucessor se não for capaz de voltar ao poder.

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