
16 de janeiro de 2008 | 18h57
A Igreja Católica da Colômbia contatou as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para tramitar uma "zona de encontro", que deve servir de sede para a negociação de um acordo humanitário sobre os seqüestrados, revelaram nesta quarta-feira, 16, porta-vozes do Episcopado em Bogotá. Provas de vida provocam indignaçãoCartas drama nos cativeiros das FarcLula diz que seqüestro é 'abominável'Uribe pode mudar status das Farc Saiba quem são as refénsEntenda o que são as FarcCronologia: do seqüestro à libertação "Entramos em contato com os rebeldes, e estamos seguindo adiante com uma discrição que é fundamental nestes casos", disse o presidente da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Luis Augusto Castro, na saída de um encontro com o Conselho Gremial Nacional (CGN) das associações empresariais do país. A autoridade eclesiástica, que também é bispo da cidade de Tunja, encontrou-se com o secretário-geral da CEC, Fabián Marulanda, em reunião realizada no norte de Bogotá, na sede da Associação Nacional de Empresários (ANDI). Castro e Marulanda informaram o CGN sobre a iniciativa da "zona de encontro" que a CEC e a Comissão de Conciliação Nacional (CCN, criada pelo episcopado) apresentaram em dezembro do ano passado ao governo do presidente Álvaro Uribe. Os detalhes da proposta foram divulgados no dia 7 de dezembro pelo chefe do Estado, que a aceitou. Uribe disse que a CEC e a CCN sugeriram que se autorizasse uma "zona de encontro", na qual o Executivo e as Farc continuariam com as negociações de um acordo humanitário que permita a libertação de 44 seqüestrados em troca de 500 guerrilheiros presos. A região deve ter cerca de 150 quilômetros quadrados, localizados em um território rural onde não existam postos militares ou policiais e, preferencialmente, sem população civil ou com o mínimo de habitantes, segundo o dirigente colombiano. Uribe disse, também, que "o território deve ter a presença de observadores internacionais". O presidente da CEC comentou nesta quarta-feira que se sente muito agradecido com o apoio dado pela Igreja para que esta proposta siga adiante.
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