CARACAS - Um dos tanques de nafta incendiados na refinaria venezuelana de El Palito continua em chamas nesta sexta-feira, 21, mas o fogo já começa a ser controlado. Clientes da estatal PDVSA manifestaram preocupação com possíveis interrupções no abastecimento por causa do incidente.
Veja também: Venezuela: raio provocou fogo em refinaria, diz ministro Fogo atinge 2ª refinaria venezuelana em 25 dias Há menos de um mês, uma explosão na refinaria de Amuay, a maior da Venezuela, paralisou quase completamente suas operações durante seis dias. "O tanque está quase extinto, a refinaria está em operação", disse o ministro do Petróleo e presidente da PDVSA, Rafael Ramírez. O fogo, causado por um raio na tarde de quarta-feira, não deixou feridos nem danos estruturais. As operações da refinaria de El Palito, uma das três do país, não precisaram parar, mas o incêndio em meio aos tanques causa complicações para o armazenamento de derivados e para seu envio para os mercados externo e interno. Inicialmente as autoridades estimaram que o incêndio seria controlado na quinta-feira, o que não ocorreu.
O ministro Ramírez assegurou que o envio de combustível para o exterior, principal fonte de divisas da Venezuela, não foi afetado. Clientes da PDVSA disseram, no entanto, que o fluxo de exportação vem baixando nas últimas semanas. "Não está saindo muita coisa da Venezuela neste momento", disse um dos clientes, pedindo anonimato. Por causa do recente incêndio, a refinaria de Amuay ainda está operando com apenas 50 por cento da sua capacidade instalada.