
20 de dezembro de 2007 | 21h05
Citando fontes de inteligência, o jornal caraquenho El Nacional afirma na sua edição desta quinta-feira, 20, que a ex-candidata à presidência da Colômbia Ingrid Betancourt já estaria em território venezuelano para "receber assistência médica e se recuperar". Veja também:Reféns das Farc podem já estar em território venezuelanoEntenda o que são as FarcCom Farc e Uribe pressionados, Colômbia tem ano otimistaCronologia: do seqüestro à perspectiva de liberdade Ainda de acordo com o jornal, Ingrid estaria no sítio do ex-ministro do Interior de Chávez, Ramón Rodríguez, acompanhada dos três outros reféns que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) prometeram libertar na terça-feira, 18, por meio de uma nota. A guerrilha anunciou a libertação de Clara Rojas - assessora de campanha de Ingrid Betancourt, com quem foi seqüestrada em fevereiro de 2002 -, do filho que teve com um guerrilheiro no cativeiro, Emanuel, e a deputada Consuelo González, refém desde 2001. A libertação da ex-candidata presidencial pelas Farc teria como objetivo "apagar a terrível imagem de que a guerrilha seria inumana", afirma ainda a matéria da jornalista Marianella Salazar no El Nacional. As especulações sobre a presença dos reféns das Farc na Venezuela vem se repetindo na imprensa local há várias semanas. Porta-vozes oficiais, no entanto, as qualificaram de fantasiosas e reiteraram que o seu objetivo é confundir a opinião pública e espalhar a discórdia entre os povos da Colômbia e da Venezuela. Em declarações ao jornal O Estado de S. Paulo, Fabrice Delloye, ex-marido de Ingrid Betancourt, voltou a pedir que governos europeus e sul-americanos pressionem o presidente colombiano a fazer concessões para a libertação de mais reféns. "Sem pressão, Álvaro Uribe não fará nada, pois ele não quer o acordo humanitário." Para Delloye, os recentes avanços estão ligados "a Nicolas Sarkozy, que transformou o tema em assunto de Estado, e a Hugo Chávez".
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