26 de novembro de 2010 | 04h06
BOGOTÁ - Cerca de 40 mil cabeças de gado morreram afogadas nas inundações provocadas pelas intensas chuvas que atingem a Colômbia desde janeiro, revelou na quinta-feira, 25, o presidente da Federação Nacional de Criadores de Gado (Fedegan), José Félix Lafaurie.
Todo o setor sofreu "sérias consequências" pelo fenômeno climático "La Niña", assinalou Lafaurie durante o Congresso Nacional de Criadores de Gado, em Cartagena.
Segundo o dirigente empresarial, aproximadamente 20% das áreas criadoras de gado do país foram afetadas, especialmente a região andina e o norte.
Foram registrados na Colômbia em torno de 40 mil animais mortos, indicou, acrescentando que quando as chuvas cessarem haverá um grande esforço para restabelecer a capacidade produtiva do setor.
Para Lafaurie, seria caótico para a atividade se a temporada de chuvas de fato se estender até março de 2011, como indica a previsão.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, ao discursar na abertura do congresso anual dos criadores de gado, anunciou que o setor pode "ter a segurança" de que serão tomadas "as medidas - não só conjunturais mas estruturais - necessárias para estimular a recuperação".
Santos anunciou que está sendo programado "um plano de choque", com recursos internacionais, para ajudar os criadores de gado afetados durante o inverno.
O presidente colombiano indicou que "diante da sobrecarga da capacidade do Estado em atender tantas tragédias" pelas chuvas, o Ministério da Agricultura e o Banco Agrário destinaram recursos adicionais para aliviar a dívida dos criadores de gado afetados.
Desde o início do ano, as chuvas deixaram na Colômbia 161 mortos e 1,35 milhão de desabrigados, além de inundarem mais de 160 mil hectares de plantações.
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