
11 de março de 2009 | 18h17
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta quarta-feira, 11, após uma reunião com seu colega da Colômbia, Juan Manuel Santos, que o Brasil receberá a tiros os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) caso tentem atravessar a fronteira. "Repito o que já disse a Bogotá: as Farc serão recebidas à bala se entrarem em território brasileiro", disse Jobim após se reunir com Santos e com o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger. Veja também:Por dentro das Farc Histórico dos conflitos armados na região Jobim assegurou que o Brasil tem um grande controle sobre sua fronteira terrestre com a Colômbia para reprimir tanto o tráfico de drogas como um possível deslocamento de integrantes das Farc. Ele acrescentou que "esse forte controle terrestre será ampliado aos espaços aéreo e fluvial." O ministro colombiano, por sua vez, acusou as Farc de se aproveitarem das fronteiras do país, principalmente com Equador e Venezuela, para buscar abrigo em outras nações. Sobre sua visita ao Brasil, Santos disse que tem como objetivo "estreitar laços com um aliado estratégico." Após elogiar a capacidade dos aviões militares que a Colômbia comprou da Embraer, alguns dos quais foram usados diretamente em operações contra a guerrilha, Santos admitiu que o país tem interesse em aumentar as encomendas. Na quinta, o ministro colombiano deve viajar a São José dos Campos (SP) para visitar as unidades de produção da Embraer. Santos também se referiu à reunião desta semana dos ministros da Defesa de todos os países da região no Chile para constituir o Conselho de Defesa Sul-americano, e disse que foi um encontro muito positivo e o primeiro passo em um esforço conjunto para garantir a segurança regional. "O Conselho encontrou denominadores comuns para construir confiança. A Colômbia tem interesse em que a região trabalhe de forma mancomunada", disse o ministro.
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