Junta do Congresso de Honduras debate restituição de Zelaya

Comissão verificadora do acordo inicia trabalhos hoje; Zelaya e Micheletti discordam sobre restituição

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Por Redação
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Líderes do Congresso Nacional hondurenho se reunirão nesta terça-feira, 3, para discutir a possibilidade de um acordo sobre a restituição do poder ao presidente deposto Manuel Zelaya. Carlos Lara Watson, um dos três secretários do legislativo local, disse à Rádio HRN que os parlamentares analisarão o "alcance" do acordo para então determinar a data em que o assunto irá a plenário.

 

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Os holofotes da crise estão direcionados para o Congresso desde a semana passada, quando, em um acordo mediado pelos Estados Unidos, representantes de Zelaya e do governo que assumiu depois do golpe militar que o derrubou em 28 de junho aceitaram que a decisão sobre o retorno do presidente deposto ao poder ficaria nas mãos do Poder Legislativo.

 

A comissão que deverá verificar a aplicação do acordo, liderada pela secretária do Trabalho dos EUA, Hilda Solís, e pelo ex-presidente chileno Ricardo Lagos (2000-2006), iniciará suas atividades em Honduras nesta terça. No entanto, Hilda permanecerá apenas 24 horas no país centro-americano e retornará para Washington, informaram seus assessores. A Comissão de Verificação deve acompanhar o Pacto San José-Tegucigalpa e abrir caminho para o fim do gelo internacional imposto ao país desde junho.

 

Zelaya disse que a comissão deve esclarecer os objetivos do pacto, depois que surgissem diferentes interpretações referentes à sua restituição ou não no poder. "O primeiro que se deve fazer é esclarecer especificamente os objetivos deste acordo para poder continuar no processo de comum acordo entre ambas as partes", declarou Zelaya para a Rádio Globo.

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Zelaya e Micheletti discordam na interpretação do ponto do pacto referido à solicitação ao Congresso para que resolva sobre a restituição do presidente deposto no poder. Enquanto para o primeiro significa que o Legislativo deve aprovar seu retorno ao poder e fazê-lo antes de quinta-feira, dia em que deve entrar interino um governo de unidade, para o segundo o Congresso poderia votar contra e, além disso, não tem nenhum prazo limite para tomar sua decisão.

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