Júri nos EUA liga ex-agente da CIA a atentados em Cuba

PUBLICIDADE

Por TOM BROWN
Atualização:

Um júri popular federal acusou formalmente o exilado cubano e ex-agente da CIA Luis Posada Carriles de mentir às autoridades norte-americanas sobre sua participação nos ataques a bomba em pontos turísticos de Cuba em 1997. Na acusação feita contra Posada pelo júri popular em El Paso, no Texas, na quarta-feira, o ex-agente é acusado de buscar "obstruir e impedir" o trabalho do governo dos Estados Unidos ao mentir durante uma entrevista para imigração sobre sua participação nos ataques. Um italiano foi morto nas explosões de 1997 em Cuba, num caso definido pela acusação como um "crime envolvendo terrorismo internacional". A citação contra Posada, que tem um longo histórico de oposição violenta ao antigo líder cubano Fidel Castro, foi marcada para 17 de abril, e a seleção do júri para o julgamento deve começar em 10 de agosto. Tanto Cuba como a Venezuela desejam a extradição de Posada. Nesses países ele é acusado de ser o mentor do atentado contra um avião cubano em 1976 que deixou 73 mortos. O atentado ocorreu enquanto Posada, naturalizado venezuelano, vivia na Venezuela. A acusação marca a primeira vez -- desde que Posada chegou aos EUA em busca de asilo em março de 2005 -- que ele foi relacionado dentro de um processo aos ataques de Cuba, que mataram o italiano Fabio di Celmo. O advogado de Posada, Arturo Hernandez, não pôde ser localizado para comentar o assunto. Uma matéria de capa na edição de quinta-feira do jornal cubano Granma considerou a acusação formal "uma mudança surpreendente de estratégia" dos promotores norte-americanos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.