Justiça colombiana condena militares por morte de sindicalistas

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Um juiz da Colômbia condenou a 40 anos de prisão quatro militares e um informante do Exército pelo assassinato de três dirigentes sindicais que inicialmente foram apresentados como guerrilheiros esquerdistas mortos em combate, informaram na terça-feira fontes judiciais. A condenação acontece no momento em que os legisladores democratas dos EUA e os sindicatos do país manifestaram sua oposição a um Tratado de Livre Comércio com a Colômbia por causa da violência contra os sindicalistas nas mãos das forças armadas e dos grupos paramilitares. A sentença, proferida na semana passada, assegurou que os sindicalistas Jorge Prieto, Héctor Martínez e Leonel Goyeneche foram assassinados quando estavam indefesos. O crime dos líderes sindicais aconteceu em agosto de 2004 nas imediações do povoado de Saravena, no departamento de Arauca, na fronteira com a Venezuela. A investigação permitiu estabelecer que os militares também alterarão a cena do crime colocando armas nas mãos das vítimas e alterando a posição de seus corpos para simular um combate. "Existem contradições insustentáveis entre seus depoimentos (as versões dos militares) e a prova pericial, que apoiada no testemundo dá conta que os três líderes sociais de Arauca foram insensivelmente massacrados. Os três dirigentes sindicais mortos em Arauca foram apresentados inicialmente como guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional, a segunda força rebelde do país. Na Colômbia, as organizações trabalhistas já foram acusadas no passado de apoiar grupos rebeldes, o que as converteu em alvos de esquadrões paramilitares.

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