Reuters
WASHINGTON- O presidente cubano, Raúl Castro, e seu irmão, Fidel, não querem normalizar as relações de Cuba com os Estados Unidos e nem que Washington levante o embargo à ilha, disse nesta sexta-feira, 9, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.
Veja também:
Prisões desumanas levam a greve de fome em Cuba, diz HRW Perfil: Fariñas, um filho da revolução cubana O 'pedreiro radical' que desafiou o regime
Segundo Hillary, os irmãos têm medo de que uma retomada das relações diplomáticas com os EUA enfraqueça seus poderes sobre Havana.
De acordo com a secretária, a resposta de Cuba à administração de Obama para aumentar a cooperação entre os dois países revelou um "regime intransigente e arraigado" que não têm interesses em uma reforma política ou no fim do isolamento econômico imposto por Washington há 48 anos.
"É minha crença pessoal que os Castros não querem ver um fim para o embargo e não querem ver a normalização com os Estados Unidos, porque eles iriam perder todas as suas desculpas pelo que não aconteceu em Cuba nos últimos 50 anos", disse Hillary.
Obama afirmou que queria retomar relações que têm sido hostis desde a Revolução Cubana de 1959.
Os Estados Unidos diminuíram restrições a viagens de cubanos para o país, e também a que eles enviem dinheiro dos EUA à ilha. O governo Obama também iniciou conversações com Havana sobre imigração e internet.
Obama, contudo, disse que o embargo será mantido até que Cuba garanta os direitos humanos e liberte presos políticos.