O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, nomeou nesta quinta-feira, 25, o general Carlos Antonio Cuéllar para o comando do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas no lugar do general Romeo Vásquez, envolvido no golpe de Estado contra o ex-presidente Manuel Zelaya.
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Lobo disse abertamente a jornalistas que Vásquez "passa para a reserva e retorna à vida civil" e que a nomeação de Cuéllar foi feita no marco da lei interna que rege as Forças Armadas.
Segundo o presidente hondurenho, Cuéllar deixará o cargo em dezembro de 2013, quando termina seu mandato como chefe do Estado-
Maior, segundo o regulamento militar.
Vásquez exercia o cargo desde 2005, durante a Administração de Ricardo Maduro, do agora governante Partido Nacional, e foi ratificado por Zelaya em 2008.
A substituição de Vásquez já era esperada com a chegada de Lobo ao poder.
Em 24 de junho de 2009, quatro dias antes do golpe que o derrubou, Zelaya destituiu Vázquez por não apoiá-lo na consulta popular que estava prevista para o dia 28 de junho, mas o Poder Judiciário revogou a decisão do governante, mantendo o militar no cargo.
Lobo disse que Cuéllar escolherá os cinco oficiais que o acompanharão na nova Junta de Comandantes, o que terá que notificar ao presidente, que é constitucionalmente o comandante-geral das Forças Armadas.