
30 de setembro de 2008 | 16h22
O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou acreditar em um acordo amigável entre a empresa Odebrecht e o Equador, mesmo antes do encontro com o presidente Rafael Corrêa. "O Equador é um grande amigo do Brasil e nós continuaremos parceiros", disse Lula, em entrevista após assinatura de acordos com a Venezuela. Veja também: Equador pode parar de pagar 'dívida ilegítima', diz Correa O presidente brasileiro declarou ainda que, ao encontrar-se com Corrêa depois da entrevista, iria fazer suas considerações para resolver o impasse com o Equador. Na semana passada, sob a alegação de que a falhas da usina hidrelétrica San Francisco - construída pela Odebrecht - põe o país em risco de um colapso energético, Correa exigiu US$ 43 milhões de indenização, além de cerca de US$ 250 mil para cada dia de inatividade da usina, a título de lucros cessantes O presidente equatoriano ameaçou ainda não assumir o compromisso com o brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que emprestou US$ 244 milhões para financiar a construção da usina e de outras obras tocadas pela Odebrecht no país: duas de irrigação e outra usina hidrelétrica. Os jornais do Equador davam no domingo como certo um acordo com a Odebrecht, apontando que a empresa teria optado por uma alternativa pragmática, de pagar as indenizações e abrir caminho para continuar tocando outras quatro obras no país. San Francisco é a primeira usina no mundo totalmente subterrânea, programada para responder por 12% da energia hidrelétrica do país. Está localizada ao lado do vulcão Tungurahua, a 220 km de Quito, e usa águas do Rio Pastaza. Segunda maior hidrelétrica do país, a usina custou mais de US$ 338 milhões e somente os reparos estão orçados em aproximadamente US$ 12 milhões, segundo o Conselho Nacional de Eletricidade do Equador (Conelec). (Com agências internacionais)
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