16 de março de 2009 | 16h05
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento para investidores, em Nova York, afirmou que, em toda a América, os líderes têm esperanças de estabelecer uma nova relação com os EUA para trabalhar em direção a um avanço e a uma parceria, deixando a década de 1960 para trás. Neste sentido, Lula pediu pelo restabelecimento das relações entre Cuba e EUA. "Vamos fazer política pensando no século 22", conclamou. Em seu discurso, o presidente brasileiro citou líderes de esquerda como os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Hugo Chávez, e outros moderados como a presidente do Chile, Michele Bachelet, como aqueles que esperam um novo tipo de relação com os EUA.
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Lula disse também que Obama tem a "clareza" de que é preciso estabelecer um consenso entre os países do G-20 para tomar medidas contra a crise econômica global. De acordo com o presidente brasileiro, é preciso encontrar uma saída coletiva para a crise econômica. Por isso, Lula lembrou que disse ao presidente dos EUA que é preciso retomar a conversa sobre a Rodada Doha de comércio internacional. "Tem gente que acha que, em função da crise, é muito difícil retomar as negociações da Rodada Doha. Eu acho que nós temos que vê-la não como um empecilho, mas como uma saída ou um dos componentes para que a gente possa resolver o problema da crise, sobretudo ajudando os países mais pobres que querem vender os seus produtos nos países mais ricos."
Lula disse ainda que não há mais nenhuma razão para a continuidade do bloqueio econômico contra Cuba. "Eu acho que pode mudar, eu acho que o Obama tem condições de fazer essa inflexão, sobretudo se nós analisarmos o caso de Cuba, em que não há mais nenhuma razão para continuar o bloqueio", declarou.
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