Lula se reunirá com Morales e Bachelet no dia 11 de dezembro

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Os presidentes de Bolívia, Brasil e Chile se reunirão no dia 11 de dezembro em La Paz para impulsionar o projeto de uma estrada que ligará o oceano Atlântico com o Pacífico, e que passará pelos três países, anunciou na quinta-feira o embaixador brasileiro na Bolívia, Frederico Cezar Araújo. A reunião entre os presidentes dos três países vai anteceder um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega boliviano Evo Morales, no dia 12 de dezembro, para discutir assuntos relacionados ao gás natural. O diplomata disse ainda que a construção de uma ligação ferroviária-terrestre entre portos do Brasil, no Atlântico, e do Chile, no Pacífico, será o tema central da reunião entre Lula, Morales e a presidente chilena, Michelle Bachelet. "O presidente Lula deve vir no dia 11 para uma reunião trinacional Bolívia, Chile e Brasil (...) que acontecerá em La Paz", disse o embaixador segundo a agência de notícias estatal da Bolívia ABI. O anúncio não foi confirmado de imediato pelo governo boliviano, mas funcionários governamentais em La Paz mencionaram no início desta semana a possibilidade do encontro trilateral. Além da ligação entre os dois oceanos, Bolívia e Chile --países que não mantêm relação diplomática entre si-- desenvolvem atualmente uma ampla agenda de diálogo, na qual se destaca a reivindicação boliviana por uma saída para o Pacífico, perdida para o Chile em uma guerra no século 19. Sobre o encontro entre Morales e Lula, Araújo disse que "certamente os hidrocarbonetos serão um tema importante, porque a visita de Lula é muito importante para retomar o fluxo das relações bilaterais". O ministro boliviano dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, disse em entrevista coletiva que autoridades e técnicos de Brasil e Bolívia se reunirão nos dias 6 e 7 de dezembro para "completar a aprovação" de um pacote de acordos a ser referendado por Lula em sua visita a La Paz. No mês passado, a Petrobras informou ter superado suas diferenças com o governo boliviano em torno da nacionalização da indústria petrolífera do país e anunciou que estuda "novos e maciços investimentos" na exploração e produção de gás natural no país. (Por Carlos Alberto Quiroga)

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