BUENOS AIRES - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, prometeu neste domingo, 27, ajuda para reconstruir as regiões afetadas pelas inundações que atingiram o nordeste do país e deixaram mais de 20 mil desabrigados.
"Saibam que não estão sozinhos", disse Macri no início de sua primeira entrevista coletiva à frente do comitê de crise instalado pelo governo para supervisionar o problema, durante visita à cidade de Concordia, uma das mais afetadas pelas fortes chuvas.
O presidente, que foi forçado a interromper suas férias no sul do país, destacou a coordenação entre as autoridades nacionais, provinciais e locais, agradecendo também aos gestos de solidariedade dos argentinos em vários pontos do país.
Em menos de 72 horas, a organização Rede Solidária recebeu 55 toneladas de doações, especialmente roupas, água potável, fraldas e produtos de limpeza para serem repassados aos desabrigados.
Nos centros de desalojados de Concordia, alguns moradores da região revelam que essa foi a quinta vez que as enchentes levaram todos seus pertences. No entanto, a maioria não se lembra de uma alta tão grande do Rio Uruguai, considerada a pior em mais de 50 anos, que deixou grande parte da cidade inundada.
Com o objetivo de minimizar futuras inundações, Macri prometeu que solucionará o problema de forma definitiva assim que o nível do rio voltar ao normal, com a construção de barragens para evitar a acumulação de água em caso de tempestades.
Por enquanto, o fim das chuvas estabilizou a alta dos rios em toda a região nordeste da Argentina, evitando que novas pessoas deixem suas casas.
Macri prometeu pagar 66% da construção de casas para os afetados e não descartou recorrer a financiamento no exterior se necessário. O presidente afirmou que a gestão anterior, de Cristina Kirchner, "gastou até o que não tinha". Por isso, pediu paciência para obter os recursos necessários para ajudar os desalojados.
Além disso, Macri pediu aos argentinos para cuidarem do meio ambiente "consumindo a menor quantidade de energia possível, menos água e reciclando lixo". "Essa alta, essas chuvas, têm a ver com isso, que descuidamos do meio ambiente", frisou.