Maduro diz que 'ataques' a sistema elétrico também saíram de Chile e Colômbia

Ele acusa os supostos ataques, com o apoio dos Estados Unidos, de terem provocado os blecautes ocorridos em março

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Por EFE
Atualização:

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesse sábado, 6, que os "ataques" contra o sistema elétrico do país também saíram do Chile e da Colômbia, com o apoio do governo dos Estados Unidos. Ele acusa os supostos ataques de terem provocado os blecautes ocorridos em março.

Presidente venezuelano, Nicolas Maduro, durante discurso no Palácio de Miraflores, em Caracas Foto: Federico Parra/AFP

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"Descobrimos novas fontes de ataque, do Chile e da Colômbia, que efetuaram ataques cibernéticos apoiados pelo governo dos Estados Unidos para danificar o sistema elétrico da Venezuela", declarou Maduro no palácio presidencial de Miralores. A afirmação foi feita durante para milhares de simpatizantes que marcharam no sábado para respaldá-lo.

Maduro indicou que as investigações realizadas pelas autoridades apontam que indivíduos localizados nestes países introduziram "vírus" no sistema elétrico. No entanto, assegurou que já tomou medidas para proteger o sistema, que, segundo reiterou, foi atacado em março de forma cibernética e eletromagnética pelos Estados Unidos.

"Recorreram ao terrorismo cibernético, recorreram ao terrorismo eletromagnético com as vias de transmissão", ressaltou o governante. Ele também reiterou que o "ataque" teve como alvo a hidrelétrica de Guri, a principal do país.

Nesse sentido, fez um chamado a países de América Latina, Europa, África e Ásia para que "reivindiquem" o fim das "agressões" dos EUA contra a Venezuela. "Basta de agressões de Donald Trump contra o povo da Venezuela!", bradou.

No último dia 7 de março começou na Venezuela uma sequência de blecautes que paralisaram o país durante pelo menos 11 dias. No domingo, quando as autoridades começaram a restabelecer o fornecimento de eletricidade, Maduro anunciou o início de um racionamento por 30 dias.

Do racionamento elétrico, durante o qual, segundo o governo, pelo menos 20 estados ficarão sem luz por quatro horas por dia, foram excluídos Caracas, Vargas, Amazonas e Delta Amacuro.

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Os "ataques" denunciados pelo governo são rechaçados pela oposição, que assegura que os blecautes ocorreram devido à falta de manutenção das centrais elétricas e à corrupção do Estado.

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