08 de janeiro de 2014 | 21h38
Rivais trocaram cumprimento raro no Palácio de Miraflores. Foto: Divulgação/ Palácio de Miraflores / AP
CARACAS - Depois de meses de insultos, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o líder da oposição, Henrique Capriles, trocaram na noite de quarta-feira, 9, um raro aperto de mãos. O gesto, inédito desde o seu impasse eleitoral do ano passado, ocorreu em uma reunião sobre violência urbana convocada após o assassinato da ex-miss venezuelana Monica Spear .
Maduro rotineiramente chama Capriles de "fascista" e "assassino", enquanto o líder da oposição critica seu rival como "incompetente" e "ilegítimo". No entanto, eles deixaram as diferenças de lado para se cumprimentarem brevemente durante uma reunião de emergência convocada por Maduro com governadores no palácio presidencial de Miraflores. Capriles é o governador do Estado de Miranda, um dos mais afetados pela criminalidade. O encontro deles não deve mudar o cenário político, já que os dois permanecem distantes na polarizada nação sul-americana.
O assassinato da ex-miss Venezuela e atriz de novela na segunda-feira abalou o país de 29 milhões de venezuelanos."Estou em Miraflores. Irei a qualquer lugar pela questão de segurança dos venezuelanos. Há um clamor nacional para acabar com a violência", disse Capriles no Twitter.
O opositor, de 41 anos, ainda não reconheceu publicamente a Presidência de Maduro, embora suas alegações de fraude tenham perdido força nos tribunais. Maduro, de 51 anos, havia dito anteriormente que qualquer um que não tenha reconhecido a sua liderança não seria autorizado a entrar no palácio, mas vem mostrando uma atitude mais conciliatória com a oposição. / REUTERS
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