
17 de dezembro de 2013 | 19h19
Há duas semanas, pouco mais da metade do país ficou sem energia apenas seis dias antes de eleições municipais, que serviram de termômetro para a popularidade de Maduro após oito meses na Presidência.
Foi a segunda interrupção do fornecimento de eletricidade em três meses, e o governo liderado pelo sucessor do falecido Hugo Chávez voltou a culpar a oposição de forjar um ato de sabotagem para evitar as eleições.
"Dias antes das eleições, atacaram uma linha de transmissão. Já está comprovada toda a sabotagem", disse Maduro durante um evento para lembrar os 183 anos da morte de Simón Bolívar, determinante para a independência de vários países latino-americanos do domínio da Espanha.
"Com um disparo arrebentaram uma linha importante para deixar o país sem luz", explicou o presidente diante de alguns chefes de Estado de países caribenhos que também participarão de uma cúpula da aliança petroleira Petrocaribe.
O ministro do Interior e Justiça da Venezuela, Miguel Rodríguez, já havia manifestado a teoria de que um francoatirador teria sido o causador do apagão.
Os apagões são comuns em diversas cidades da Venezuela devido a problemas com a geração hidroelétrica, de onde provém, aproximadamente, 64 por cento de seu fornecimento.
(Reportagem de Andrew Cawthorne)
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