Mais de 600 detentos fogem após destruição de cadeia no Peru

Paredes da penitenciária foram derrubadas pelo terremoto; somente 29 foram resgatados

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Por Efe
Atualização:

Mais de 600 presos fugiram de uma prisão da cidade de Chincha, cerca de 200 quilômetros ao sul de Lima, após a destruição das paredes do local com o terremoto de 7,9 graus na escala Richter registrado nesta quarta-feira no Peru, confirmaram nesta quinta, 16, fontes oficiais.   Veja também: Veja as imagens  Câmeras flagram momento do abalo   Mortes em terremoto no Peru passam de 500Comunidade internacional oferece apoioBrasileiro relata momentos do terremotoHistória do Peru é marcada por terremotos 'A terra se moveu como nunca'Governo brasileiro oferece ajuda humanitária Embaixada dá instruções para brasileirosOs piores terremotos na América Latina Em declarações à agência oficial Andina, o vice-presidente do Instituto Penitenciário do Peru (INPE), Manuel Aguilar, disse que do total de presos que fugiram do Centro de Detenção Tambo de Mora, em Chincha, "somente foram resgatados 29". Aguilar afirmou que o sismo também destruiu parcialmente a Penitenciária de Inca, cidade localizada cerca de 300 quilômetros ao sul de Lima. O responsável negou, no entanto, que os presidiários tenham escapado do local. O terremoto de quarta-feira causou pelo menos 350 mortes e deixou mais de mil feridos, segundo o último boletim do Instituto Nacional de Defesa Civil peruano, que advertiu que "segue aumentando" o número de vítimas da tragédia. Desastre O epicentro do sismo, que chegou a provocar a emissão de um alerta de tsunami no litoral do Pacífico americano e foi sentido nos países vizinhos, ficou no mar, 167 quilômetros ao sul de Lima. O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, ordenou a "evacuação parcial" do porto de Tumaco, no extremo sudoeste do país, e de outros povoados do litoral do Pacífico, próximos ao Equador. Edifícios altos de Bogotá e de outras cidades também foram afetados pelo terremoto, assim como em La Paz. "O tremor foi sentido na cidade de La Paz com uma intensidade preliminar de 3 graus na escala de Mercalli", informou o relatório do Observatório de San Calixto, acrescentando que "até o momento não há informações de danos pessoais nem materiais na Bolívia". No Equador, o Instituto Oceanográfico da Armada (Inocar) pediu às autoridades de localidades litorâneas e às capitanias dos portos que se mantenham em alerta e observem o comportamento do mar. No litoral sudoeste do Equador foi possível sentir o terremoto. O diretor encarregado do Instituto de Geociências da Universidade do Panamá, Eric Chichaco, disse à Efe que a posição geográfica de seu país afasta o perigo de um possível tsunami. "Para este alerta, e pelo tempo que já passou, consideramos que não podemos ser afetados", afirmou. Na Costa Rica, a Comissão Nacional de Emergências (CNE) alertou à população sobre a possibilidade de tsunami e decidiu se manter em alerta. O governo salvadorenho também decretou um "aleta verde" como medida de precaução para o caso de tsunami.

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