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Mais presos políticos serão libertados em Cuba após os 52, diz Igreja da ilha

Segundo o cardeal Jaime Ortega, há 'diversas' listas de dissidentes que precisam ser analisadas

Por Reuters
Atualização:

HAVANA- Uma vez liberados todos os opositores acordados com o governo, a Igreja Católica continuará mediando para que as autoridades comunistas soltem mais presos políticos na ilha, afirmou nesta sexta-feira, 1, o cardeal Jaime Ortega.

 

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O presidente Raúl Castro se comprometeu em julho a libertar os presos remanescentes da Primavera Negra de 2003 em um prazo de tresa quatro meses, em um acordo mediado pelo governo espanhol. Até agora, 36 pessoas viajaram à Espanha com seus familiares.

 

"Bom, depois dos 52 virão outros grupos (...). Há diversas listas de presos que precisam ser analisadas. Parece que têm que ser analisadas para que também sejam colocados em liberdade", disse Ortega a jornalistas.

 

"Não estamos cientes dessas listas. Simplesmente somos os que intermediamos. Portanto, quando tivermos a lista, o faremos assim", acrescentou o religioso.

 

A decisão de Raúl de libertar 52 dissidentes presos foi elogiada pela comunidade internacional e aliviou a pressão sobre Cuba, fortemente criticada em fevereiro após a morte do preso político Orlando Zapata, depois de uma prolongada greve de fome por melhor condições de cárcere.

 

No entanto, a maioria dos 13 dissidentes do grupo dos 52 cuja libertação ainda não foi anunciada se nega a abandonar o país. "Parece que são sete ou oito presos. Não há precisão", afirmou Ortega.

 

A Igreja declarou na semana passada que outros três presos políticos serão libertados em breve com a condição de que se dirijam a Espanha.

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A Comissão Cubana de Direitos Humanos calcula que depois da libertação dos 52, restarão cerca de cem nas prisões.

 

A Anistia Internacional, no entanto, afirma que só restaria um preso de consciência quando o processo de libertação for concluído.

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