
07 de março de 2008 | 18h20
O líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Iván Ríos foi morto nesta semana por seus próprios homens, e não em combate com forças de segurança, conforme o Exército do país informou inicialmente, disse nesta sexta-feira, 7, o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos. Segundo o ministro, o chefe de segurança de Ríos, conhecido como Rojas, entregou a mão direita do dirigente como prova de que ele está morto, junto com o laptop e a identidade do guerrilheiro. Não ficou claro o que motivou Rojas a matar seu chefe, e Santos não informou o que aconteceu com o chefe de segurança. Veja também: Equador, Colômbia e Venezuela chegam a acordo no Grupo Rio Equador desmente libertação iminente de Ingrid Betancourt Ataque às Farc fracassaria se Equador fosse avisado, diz Uribe Equador anuncia prisão de 5 membros das Farc Dê sua opinião sobre o conflito Por dentro das Farc Entenda a crise Histórico dos conflitos armados na região 'É possível que as Farc se desarticulem' O governo colombiano oferecia uma recompensa de US$ 2,6 milhões por informações que levassem à captura de Ríos, cujo nome verdadeiro era José Juvenal Velandia. Já o Departamento de justiça dos EUA oferecia US$ 5 milhões pela captura do guerrilheiro. Ríos havia participado da delegação de negociadores da guerrilha nas frustradas negociações ocorridas durante o governo de Andrés Pastrana. Ríos, um dos sete integrantes do secretariado das Farc, morreu numa zona de montanhas e florestas na divisa entre os Departamentos de Caldas e Antioquia. O secretariado das Farc é a máxima instância política e militar da guerrilha, que tem 17 mil integrantes, mas foi obrigada a um recuo estratégico devido às ações do governo de Alvaro Uribe, apoiado pelos Estados Unidos, que qualificam as Farc como terroristas. Ríos era o mais jovem integrante do secretariado, além de ser considerado um protegido do líder máximo Manuel Marulanda Vélez, o "Tirofijo". A morte dele ocorre num momento em que a Colômbia atravessa uma crise diplomática com os vizinhos Equador e Venezuela, por causa da incursão militar ocorrida no fim de semana, que resultou na morte do número 2 da guerrilha, Raúl Reyes. (Com agências internacionais)
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