10 de dezembro de 2009 | 16h06
O governo do México anunciou nesta quinta-feira, 10, que já não há mais possibilidades de acolher o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, segundo a secretária de Relações Exteriores, Patricia Espinosa.
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"Essa possibilidade já não está vigente", adiantou a chanceler mexicana, que informou aos jornalistas que o governo de Felipe Calderón enviou na noite da quarta-feira um avião do Estado Maior presidencial a Honduras. A aeronave, porém, não foi autorizada a pousar e teve que se dirigir para El Salvador.
A ministra também explicou que a solicitação ao México para acolher Zelaya partiu do próprio líder deposto e que o governo mexicano não manteve contato com o governo de facto de Honduras durante o processo.
A tentativa de Zelaya de deixar a embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde se encontra desde setembro, e ir para ao México deveria ter ocorrido na madrugada da quinta-feira, mas governo de facto cancelou a concessão de um salvo-conduto para o líder deposto.
Segundo Zelaya, o governo de Roberto Micheletti exigiu que ele renunciasse ao cargo para poder deixar o país. "O regime tirou um documento da manga como condição para minha saída", disse.
De acordo com o chanceler do governo de facto, Carlos López, uma solicitação de salvo-conduto feita pelo México foi rejeitada, mas a possibilidade de concedê-lo segue em aberto.
A administração de facto de Honduras quer que Zelaya receba asilo político em outro país, o que restringiria suas atividades. Zelaya, entretanto, rejeitou o asilo, preferindo um status que lhe desse mais liberdade para fazer campanha pelo seu retorno. Ele disse a uma rádio hondurenha que queria ir ao México como "hóspede", mas "de maneira nenhuma isso é um pedido de asilo ou pedido para abrir mão do posto que detenho".
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