CIDADE DO MÉXICO- O México expressou nesta terça-feira, 25, sua confiança de que o reforço militar dos Estados Unidos na fronteira comum será apenas para o combate ao crime organizado, e não para prender e perseguir imigrantes.
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O governo americano anunciou hoje o envio de mais 1.200 soldados à fronteira com o México e a solicitação de uma verba extra de US$ 500 milhões para melhorar a segurança na região.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores mexicano diz que a decisão deve fortalecer a luta contra o tráfico ilegal de armas e dinheiro para o México.
Segundo a chancelaria, o governo mexicano espera que os militares, de acordo com suas funções, não realizem atividades diretamente vinculadas à aplicação de leis de imigração.
Fora isso, reiterou sua decisão de trabalhar na segurança e no bem-estar das comunidades fronteiriças, assim como para enfrentar e desmantelar as organizações criminosas e seus vínculos com o tráfico de drogas e de pessoas.
O México reforçou seu respeito às decisões soberanas dos Estados Unidos, mas lembrou que a responsabilidade compartilhada deve continuar sendo a "base dos esforços conjuntos" contra o crime organizado que opera nos dois lados da divisa.
A questão da imigração entre México e Estados Unidos ganhou força devido à aprovação de uma lei no estado do Arizona que dá à polícia o direito de deter qualquer pessoa pela simples suspeita de que seja ilegal.
A medida foi criticada por vários setores nos EUA e no México. Em sessão no Congresso americano, o presidente Felipe Calderón também expressou sua rejeição à lei.
O presidente americano, Barack Obama, já deixou claro seu desejo de impulsionar uma reforma migratória para regularizar a situação dos 1 milhões de imigrantes ilegais no país.