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México está inclinado a indicar Carstens para comando do FMI

Por JASON LANGE
Atualização:

O México está inclinado a indicar o presidente do banco central, Agustín Carstens, para o posto de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, disse no final do sábado uma fonte próxima do assunto. "Há uma inclinação muito forte para apresentar a indicação", disse a fonte, que pediu para não ser identificada. O ministro da Fazenda do México, Ernesto Cordero, disse na quinta-feira que Carstens seria o melhor candidato para substituir Dominique Strauss-Kahn, que renunciou ao cargo de diretor-gerente do FMI após ser preso acusado de agressão sexual contra uma camareira de um hotel em Nova York. A prisão de Strauss-Kahn no sábado passado iniciou um debate sobre a tradição de 65 anos de que um europeu tem que liderar o FMI. Representantes de governos de alguns países emergentes têm afirmado que é momento do cargo ser ocupado por alguém do mundo em desenvolvimento. Carstens foi subdiretor-gerente do FMI durante três anos antes de ingressar no governo do presidente mexicano, Felipe Calderón, como ministro da Fazenda em 2006. Ele assumiu a presidência do banco central do país em janeiro de 2010. A ministra da Fazenda da França, Christine Lagarde, é considerada como atual favorita para substituir Strauss-Kahn na liderança do FMI. O Reino Unido apoiou a ministra francesa no sábado, convertendo-se no primeiro país do G7 a dar oficialmente apoio a Lagarde. Qualquer aspirante sério ao cargo tem que agir com rapidez para conter o avanço de Lagarde. O México "muito possivelmente" anunciará a nomeação de Carstens dentro dos próximos dias, disse a fonte. O governo de Calderón tem pedido publicamente que o próximo chefe do FMI não seja escolhido segundo sua nacionalidade. Diplomatas da Ásia, Oriente Médio e África na sede central do FMI em Washington disseram na sexta-feira que os países de mercados emergentes estão buscando um candidato de consenso. Kemal Dervis, um ex-ministro turco da Economia, era considerado como um outro favorito ao posto. Devido à saída repentina de Strauss-Kahn, a diretoria do FMI disse que o processo de substituição deverá ser completado antes de 30 de junho.

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