
26 de outubro de 2009 | 17h57
O presidente de fato de Honduras, Roberto Micheletti, disse nesta segunda-feira, 26, que continua aberto ao diálogo para resolver a crise política gerada pelo golpe de Estado do dia 28 de junho, que tirou do poder o líder deposto, Manuel Zelaya.
Em uma entrevista à rádio HRN de Tegucigalpa, Micheletti disse estar permanentemente disposto ao diálogo e reiterou que abandonará o cargo se Zelaya também desistir de voltar à Presidência.
"Estou eleito de 28 de junho a 27 de janeiro (de 2010, por designação do Parlamento), mas se a solução só for alcançada se eu me retirar, embora muitos dos meus amigos não gostem de escutar isto, eu sigo insistindo: pela paz, pela tranquilidade e pela harmonia, estou disposto a qualquer coisa", disse.
"Mas também exijo de outros setores que levem em consideração a situação e que façam o mesmo, e que parem de tentar boicotar as próximas eleições gerais" de 29 de novembro, afirmou.
"Estou aqui disposto a negociar o melhor para Honduras, não (por interesse) particular", disse Micheletti, em suas primeiras declarações públicas depois que o diálogo foi dado por terminado na sexta-feira, 23, nas quais destacou que sua equipe não saiu da mesa de negociações.
As comissões de Micheletti e Zelaya não alcançaram um acordo sobre a restituição do presidente deposto, ponto que estagnou o diálogo após terem alcançado um consenso sobre todo o restante do Acordo de San José, proposto pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias.
Micheletti reiterou nesta segunda que o pleito de novembro é a melhor saída para a crise e rejeitou os chamados ao boicote feitos por Zelaya, por setores políticos ligados a ele e pelo movimento popular e resistência que exige sua restituição.
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