08 de julho de 2009 | 16h28
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, chamou nesta quarta-feira, 8, Roberto Micheletti, nomeado em seu lugar após o golpe do último dia 28, de "gorila" e assegurou que o novo chefe de Estado hondurenho deverá "pagar" por sua traição.
Veja também:
Zelaya chega à Costa Rica nesta 4ª para discutir crise
Lula pede resposta dura contra golpe de Estado
Podcast: Gustavo Chacra fala sobre as negociações
Imagens de protestos em Honduras
Entenda a origem da crise política em Honduras
Perfil: Eleito pela direita, Zelaya fez governo à esquerda
Ficha técnica: Honduras, um país pobre e dependente dos EUA
"A traição é um crime que não prescreve", afirmou Zelaya em declarações a um canal chileno de televisão, nas quais também reiterou que não negociará com os golpistas nas reuniões desta quinta-feira na Costa Rica.
Mesmo após confirmar que participará das reuniões, que contarão com a mediação do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, o líder deposto disse que não negociará com os que tomaram o poder em seu país.
Segundo Zelaya, Roberto Micheletti representa um regime que deu um golpe de Estado com armas e que cometeu crimes como "assassinatos, violações aos direitos humanos e especialmente a traição."
O presidente deposto negou ter violado a Constituição e as leis, como disseram os novos governantes de Honduras para justificar o golpe contra seu governo. "Se meu crime é lutar pela justiça, me declaro culpado", disse Zelaya.
Encontrou algum erro? Entre em contato