
12 de janeiro de 2008 | 16h46
A ministra suíça de Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey, manifestou neste sábado, 12, sua preocupação em relação à grande campanha midiática para libertar a franco-colombiana Ingrid Betancourt, que está em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Segundo a agência France Presse, a ministra afirmou que a forte cobertura da mídia pode dificultar os esforços para conseguir sua libertação. Veja também: Chávez pede a Europa que tire Farc da lista de terroristas Clara pode recuperar Emmanuel em semanas Ex-refém diz que Farc mantêm militares acorrentados Farc: Libertação possibilita acordo de paz Galeria de fotos do resgate das reféns Assista às imagens da libertação Cronologia: do seqüestro à libertação "Devemos perguntar se a forte cobertura midiática em torno da Ingrid não teve um efeito negativo", disse a chanceler. "Ela é um símbolo do poder das Farc. E a pressão dos meios de comunicação dificulta as negociações". Micheline disse que os esforços diplomáticos da Suíça continuaram para tentar liberar todos os reféns das Farc. A política colombiana Clara Rojas, libertada depois de um seqüestro de quase seis anos, revelou na sexta-feira, 11, que tentou fugir de um acampamento da guerrilha na selva com a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, mas o plano fracassou. Clara disse que depois da fracassada fuga sua amizade com Ingrid chegou a se deteriorar porque se culpavam mutuamente pelo fracasso. A guerrilha lhes advertiu dos riscos de fugir na selva e as intimidou, mostrando-lhes um tigre morto e deixando cobras e aranhas venenosas (tarântulas) no lugar onde dormiam. Após ser libertada, Clara afirmou a uma rádio colombiana que há três anos não tinha notícias de Ingrid, seqüestrada junto com ela em 2002.
Encontrou algum erro? Entre em contato