BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao discursar nesta quinta-feira, 21, na Base Aérea de Brasília, na cerimônia em homenagem aos 18 militares que morreram no terremoto do Haiti, no dia 12, referiu-se a eles como "bravos soldados do Exército Brasileiro" e afirmou que os 18 tombaram "cumprindo a mais nobre missão humanitária até hoje atribuída às Forças Armadas" - a reconstrução daquele país e o serviço de prestação de socorro às vítimas de um "destino implacável".
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O presidente afirmou que os soldados brasileiros no Haiti "nunca foram confundidos com invasores estrangeiros", pois, desde antes do terremoto, estavam lá participando da missão das Nações Unidas encarregada de estabilizar o país, comandada por militares brasileiros. Depois de citar nominalmente cada um dos mortos, Lula agradeceu-lhes, em nome do Brasil, pelo trabalho humanitário realizado.
Lula tentou confortar os familiares dos militares e disse que em momentos como este, "as palavras se tornam frágeis diante da brutalidade dos fatos". "Peço a Deus que permita manter na memória o exemplo desses homens valorosos." Todos os 18 militares receberam promoção post mortem.
Lula, depois de depositar medalha sobre cada um dos caixões dos 18 militares cobertos com a bandeira nacional, homenageou também dois civis brasileiros mortos na tragédia do Haiti: a médica sanitarista Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, e Luiz Carlos Costa, o número 2 no comando da missão das Nações Unidas no Haiti. O presidente Lula encerrou seu rápido pronunciamento agradecendo nominalmente a cada um dos militares mortos.