A missão de chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA) que ia viajar inicialmente no dia 11 de agosto para Honduras, chegará na segunda-feira ao país, informou nesta sexta-feira, 21, uma fonte do organismo.
Veja também:
Missão da OEA só irá a Honduras a partir do fim do mês
Perfil: Zelaya fez governo à esquerda em Honduras
Entenda a origem da crise política em Honduras
Para analistas, pressão econômica seria a saída
A missão de alto nível visitará Honduras a fim de promover o restabelecimento da ordem democrática nessa nação e tentará convencer o Governo de fato que assine o Acordo de San José como solução para a crise que atravessa por causa do golpe de Estado do dia 28 de junho que derrubou o presidente Manuel Zelaya.
O Acordo de San José contempla a criação de um Governo de reconciliação liderado por Zelaya, a antecipação das eleições, a anistia para os crimes políticos, entre outros aspectos.
Por enquanto, a composição da missão ainda não foi divulgada. Inicialmente seria composta pelo secretário de Estado do Canadá para Assuntos Exteriores no continente americano, Peter Kent; e os chanceleres da Argentina, Jorge Taiana; da Costa Rica, Bruno Stagno; da Jamaica, Kenneth Baugh; do México, Patricia Espinosa; e da República Dominicana, Carlos Morales Troncoso.
No entanto, fontes ligadas à OEA disseram que o mais provável é que Taiana não faça parte da delegação, devido às tensões diplomáticas entre Honduras e Argentina.
Na terça-feira, Honduras anunciou que as relações diplomáticas com a Argentina serão canalizadas através da embaixada do país sul-americano em Israel, em resposta a uma ação similar do Governo de Buenos Aires.
Em seu lugar, um chanceler de algum país centro-americano, talvez o Panamá, deve se juntar à comissão.
O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, acompanhará a delegação, segundo as fontes, apesar das pressões iniciais do Governo de fato para que ele não fizesse parte da comissão.
A administração de Micheletti acusou Insulza de não ter sido neutro com relação ao conflito, mas retificou a declaração e anunciou que haviam "conciliado as diferenças" e que permitia que o titular da OEA participasse como "observador".