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Missão diplomática brasileira para Bolívia segue indefinida

Brasil disponibiliza equipe para mediar negociação entre governo e oposição, mas sem previsão de envio

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Por Sandra Manfrini
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O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, está em Brasília e acompanha o desenrolar da crise na Bolívia em seu gabinete no Palácio do Planalto. Ainda não há, segundo a assessoria de Garcia, nenhuma definição quanto ao possível envio de uma missão disponibilizada pelo governo brasileiro para a mediação entre a oposição e o governo e Evo Morales.   Veja também: Estados Unidos expulsam embaixador venezuelano Governo boliviano propõe diálogo com oposição Bolivianos bloqueiam fronteira com o Brasil em MS Chávez expulsa embaixador dos EUA da Venezuela Conflito deixa 8 mortos e Evo diz que 'paciência tem limite' Lula expressa apoio a Evo diante da crise na Bolívia Entenda os protestos da oposição na Bolívia Enviada do 'Estado' mostra imagens dos protestos na Bolívia  Imagens das manifestações   Garcia disse na quinta-feira, em entrevista coletiva, que para facilitar o diálogo do governo boliviano com a oposição, o Grupo de Amigos da Bolívia (Brasil, Argentina e Colômbia) e também o Chile se colocaram à disposição de Evo Morales para essa intermediação. Um avião da Força Aérea Brasileira estaria pronto para decolar de Brasília para levar autoridades a La Paz, que estariam apenas aguardando o "momento oportuno", para embarcar.   O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que está se recuperando de uma pequena cirurgia no Rio de Janeiro, tem mantido "contato permanente" com o secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, para acompanhar os acontecimentos, segundo informações da assessoria de imprensa do Itamaraty.   Apoio do Equador e Peru   O Equador observa com "extrema preocupação o clima de violência e desconhecimento da institucionalidade democrática que afeta a Bolívia nos últimos dias", declarou nesta quinta-feira a chancelaria em um comunicado que pede respeito ao governo de Evo e o fim da violência no país.   "Apesar do respaldo significativo que Evo Morales obteve nas urnas em 10 de agosto, grupos que apóiam a violência, de ação antidemocrática, continuam a desafiar a lei e desconhecer a legítima autoridade do governo nacional", continua a nota.   Diante da crise, o Executivo do Equador "faz um novo pedido de respeito à democracia, à institucionalidade e à legitimidade do governo do presidente Evo Morales, assentadas na Constituição da Bolívia e respaldadas por instrumentos internacionais."   "Obviamente o presidente Evo Morales tem o apoio irrestrito, suponho que falo em nome de toda América Latina, ou pelo menos do Equador e do Peru", declarou o presidente equatoriano Rafael Correa em coletiva de imprensa, após se reunir com o chefe de Estado do Peru, Alan García.   Por sua vez, o líder peruano reiterou o "respeito" conjunto "ao regime democrático da Bolívia". "Naturalmente rechaçamos a violência e qualquer esforço separatista que rompa a integridade nacional", declarou García, pedindo "o diálogo para superar impasses."   (Com informações da Efe)    

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