
05 de julho de 2012 | 14h18
Humala, que já foi militar, afirma que a mina deve gerar milhares de empregos e uma enorme receita em impostos na região norte de Cajamarca.
Até agora, ele não comentou sobre a violência desta semana. Seus ministros suspenderam a liberdade de associação para reprimir os protestos e os parlamentares da oposição pediram que a polícia atue com mais moderação.
Os confrontos desta semana, os primeiros em oito meses de protestos contra a mina, devem intensificar os pedidos para que Humala substitua o primeiro-ministro Oscar Valdés, quando os líderes peruanos normalmente mudam o governo por volta de 28 de julho, Dia da Independência do Peru.
Valdés, que foi um dos instrutores de Humala nas Forças Armadas, liderou a repressão aos protestos contra a mina em novembro. Na época, ele era ministro do Interior e depois foi promovido.
O líder de esquerda Marco Arana, ex-padre católico que tem promovido as manifestações para deter a construção de uma das maiores minas da história peruana, foi libertado da custódia polícia depois que um vídeo divulgado na TV local mostrou imagens de sua prisão e de agressões da polícia contra ele na quarta-feira.
Acredita-se que Arana tenha ambições presidenciais. Ele e seus aliados de esquerda afirmam que Humala inclinou-se muito para a direita desde que assumiu o poder e que colocou os interesses das mineradoras internacionais acima dos camponeses pobres.
Os que são contra a mina afirmam que ela causaria muita poluição, prejudicaria o abastecimento de água e não geraria benefícios suficientes à economia local.
Humala assumiu a Presidência do Peru há um ano, pedindo mediação para resolver centenas de disputas ao redor do país por causa dos recursos naturais, mas perdeu paciência com os manifestantes e suspendeu liberdades civis para reprimir os protestos ao menos três vezes.
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