07 de agosto de 2009 | 16h56
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reafirmou nesta sexta-feira, 7, seu apoio ao chefe de Estado derrubado de Honduras, Manuel Zelaya, mas destacou que, apesar dos esforços de seu país, não pode "apertar um botão e reinstaurá-lo".
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Numa conversa com jornalistas na Casa Branca, Obama classificou como irônico o fato de "alguns que criticaram a ingerência dos EUA na América Latina estarem reclamando agora que o país não está interferindo suficientemente" no caso.
"Não posso apertar um botão e de repente reinstaurar o senhor Zelaya", disse Obama, ao reiterar que, desde o golpe de 28 de junho, os Estados Unidos foram "muito claros" ao afirmarem que era "ilegal".
"Apoiamos plenamente as mediações do presidente (costarriquenho Óscar) Arias e queríamos que (Zelaya) pudesse retornar pacificamente para continuar seu mandato", afirmou Obama, que defendeu uma resposta em um "contexto internacional", porque os EUA são "um só país entre tantos".
Os Estados Unidos reconheceram Zelaya como o governante que foi democraticamente eleito em Honduras e, "apesar do fato de que o presidente Zelaya muitas vezes é muito crítico às políticas americanas, dissemos que deve permanecer" no cargo, disse Obama.
Ao se referir aos que alegam que os Estados Unidos fazem o que querem na América Central, disse: "Lembraria que parte da mudança de atitude em direção à América Central é que trabalharíamos em aliança com outros países e não ditaríamos o que ocorre com nossos vizinhos. Isso é o que estamos fazendo".
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