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Negociador de Michelleti faz reunião surpresa com Zelaya

Empresário Arturo Corrales afirma que informações trocadas serão 'essencias' para resolução da crise

Por Efe
Atualização:

O empresário Arturo Corrales, membro da comissão do presidente de facto de Honduras, Roberto Micheletti, dialogou nesta terça-feira, 20, com o governante deposto, Manuel Zelaya, sobre a crise política do país em uma reunião surpresa na embaixada do Brasil.  

 

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Corrales declarou aos jornalistas em sua saída do local onde Zelaya permanece há um mês, que ambos apresentaram abordagens para chegar à solução final da crise.

 

A reunião, que durou cerca de uma hora, foi realizada devido a um "convite muito gentil (de Zelaya) o qual eu atendi" com a finalidade de falar sobre assuntos "que estão na pauta da crise", apontou Corrales, empresário e ex-presidente da Democracia Cristã.

 

 

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"Trocamos informações sobre o que tem acontecido na mesa de negociação, (Zelaya) me fez perguntas. Tudo de forma amigável", disse Corrales.

 

O empresário adiantou que as informações trocadas na conversa serão "essenciais para a solução final da crise do país".

 

"Estamos empenhados em buscar a solução que o país necessita", para sair da crise, enfatizou Corrales, que reiterou que o "diálogo não foi interrompido em nenhum momento", mesmo estando suspenso desde segunda-feira, 19, quando a comissão de Zelaya rejeitou uma proposta de Micheletti.

 

O representante de Micheletti foi à reunião com o ex-secretário pessoal do presidente deposto e presidente antecessor da Comissão nacional de Telecomunicações, Raúl Valladares.

 

O chefe da comissão de diálogo de Zelaya, seu ministro de Governo, Víctor Meza, admitiu que não sabia da reunião de Corrales, mas considerou o encontro válido no esforço das negociações para resolver a crise que se iniciou no dia 28 de junho com o golpe de Estado.

 

"Não me surpreende, o diálogo requer comunicação com os interlocutores válidos" que são Zelaya e Michelleti, disse Meza. Ele também afirmou que o diálogo está "parado", mas que pode ser destravado com uma "porposta inteligente".

 

Meza insistiu que qualquer proposta tem que ser "construtiva, que permita a solução", mas que não podem aceitar propostas como a que os represntantes de Micheletti apresentaram na sexta-feira, 16. "Aceitarmos que não houve um golpe de Estado, por Deus, não somos tontos para aceitar isso", comentou.

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Meza declarou a Efe que a comissão de Zelaya estaria disposta a aceitar "elemntos novos" que não estão no acordo de San José, proposto pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias.

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