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Novo presidente de Honduras responde ameaças de Chávez

Após líder venezuelano ameaça entrar em guerra, Micheletti diz que Exército hondurenho está preparado

Atualização:

O novo presidente de Honduras, Roberto Micheletti, respondeu nesta segunda-feira, 29, ao líder venezuelano, Hugo Chávez, que não o ameace e afirmou que o Exército de Honduras está preparado para uma agressão. "Vejo com muita preocupação o que ele (Chávez) diz sem nem sequer uma reflexão (...), que não venha este cavalheiro a nos ameaçar", disse o governante nomeado pelo Congresso Nacional em substituição ao destituído José Manuel Zelaya, em declarações a uma rede de televisão local.

 

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Chávez declarou no domingo que colocou as Forças Armadas de seu país em alerta por causa do golpe que derrubou Zelaya. Em seu programa Alô, Presidente!, Chávez ameaçou entrar em guerra com Honduras se a Embaixada de seu país em Tegucigalpa for invadida e disse que não reconhecerá outro presidente hondurenho que não seja Zelaya. "Temos entendido que estão preparando algumas equipes, batalhões dizem, para vir aqui, mas eu estou totalmente seguro de nosso Exército se acaso isso pudesse acontecer", disse, sem dar mais detalhes sobre o suposto movimento militar.

 

O novo presidente hondurenho fez um apelo aos países da América Latina "para que tenham consideração" por seu governo, porque, disse: "Nós não batemos na Constituição da República". Ele assinalou que nesta segunda-feira não terá inconveniente em se reunir e explicar aos representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) e das Nações Unidas (ONU) que devem chegar a Honduras as razões para a mudança de Governo no país. "Aqui não se derramou uma gota de sangue", afirmou, ao insistir em que o que aconteceu em Honduras é uma "sucessão constitucional".

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Zelaya e Chávez são aliados políticos. Honduras integra a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), idealizada por Chávez, que convocou para esta segunda uma reunião de emergência da Alba na Nicarágua. Zelaya partiu a Manágua num avião cedido por Chávez. Ao chegar na Nicarágua, o venezuelano adiantou o tom da reunião: "Faremos o que tiver de ser feito para recolocá-lo no governo. Não permitiremos mais gorilas neste continente". "Estamos diante de um golpe troglodita contra um povo e seu presidente", completou Chávez.

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