SANTIAGO - Onze mortos e mais de três mil pessoas afetadas direta ou indiretamente. Este é o balanço parcial até esta sexta-feira, 27, dos vorazes incêndios florestais registrados nas regiões centro e sul do Chile, que estão longe de ser controlados.
O balanço provisório de mortos inclui dois bombeiros, três brigadistas, dois policiais e quatro civis.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou em uma coletiva de imprensa nesta sexta que os mais de três mil chilenos que perderam casas e fontes de renda serão beneficiados com ajuda econômica do governo.
O executivo vai entregar subsídios de até US$ 15 mil para ajudar os fazendeiros que perderam equipamentos e animais e mais US$ 350 para aqueles prejudicados em suas fontes de renda.
"Nossa prioridade é a segurança das pessoas e o cuidado dos animais feridos", afirmou a presidente chilena.
Enquanto isso, a fúria das chamas não abranda. Dos 135 focos de incêndio, as equipes de emergência conseguiram controlar 58 e trabalham no combate de 75. Cinco foram extintos.
A superfície destruída pelo fogo alcança 387 mil hectares em sete regiões, segundo o último informe da Corporação Nacional Florestal (Conaf).
As regiões mais afetadas são as de O'Higgins, Maule, Biobío e Araucânia, as quase se encontram sob estado de catástrofe.
A ajuda governamental começou a ser distribuída nas zonas rurais da região de O'Higgins, no centro do país, onde o fogo consumiu mais de 100 mil hectares até quinta-feira, 26, quando os incêndios foram extinguidos e começaram o trabalho de limpeza.
Porém, os fortes ventos e as temperaturas superiores a 38ºC espalharam as chamas até as regiões sulinas de Maule, Bío-Bío e Araucânia, provocando grande destruição em povoados onde vivem agricultores e criadores de gado.
Ajuda. A emergência provocou uma imediata resposta do estrangeiro. Chegaram ao Chile cerca de uma centena de bombeiros florestais e nos próximos dias se esperam voluntários procedentes dos Estados Unidos, Peru, Argentina, México, França, Espanha e Suécia. O presidente Michel Temer determinou ajuda ao Chile após os incêndios e prestou solidariedade às vítimas. /AFP