Soldado americano entrega água para menino haitiano: Foto: Jay C. Hong/AP
WASHINGTON- O presidente dos EUA, Barack Obama, ordenou neste domingo, 17, que os reservistas do Exército se mobilizem para colaborar com a ajuda humanitária ao Haiti. A equipe médica das Forças Armadas trabalhará em barcos-hospitais e a Guarda Costeira fará a segurança dos portos no país, devastado pelo terremoto do último dia 12.
A tragédia haitiana:
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Haiti já tem 60% de áreas afetadas vasculhadas
Saques e gangues ameaçam distribuição de ajuda
Obama assinou a ordem executiva no sábado. Segundo a Casa Branca, a medida ajudará os departamentos de Defesa e de Segurança Nacional a respaldar os esforços no Haiti. A ordem terá um uso limitado para missões específicas de ajuda humanitária.
Água e comidaNeste domingo, helicópteros dos Estados Unidos começaram a lançar garrafas d'água para os sobreviventes na capital do Haiti, Porto Príncipe, enquanto em terra soldados evitam que a distribuição desencadeie violência. Os militares americanos ainda planejam colocar o porto local em funcionamento para receber combustível de fora do Haiti.
Depois de dias resistindo sem provisões básicas, a população começou a receber a ajuda humanitária, embora muitos haitianos não tenham sido contemplados.
Os Estados Unidos firmaram a sua primeira base fora do aeroporto da capital, e estão distribuindo víveres de um morro dentro de um campo de golfe.Já o programa de Alimentação das Nações Unidas distribuiu comida em uma das favelas da cidade, enquanto a organização não-governamental Oxfam também entregou água aos flagelados haitianos.
Portos
Os EUA tentarão colocar em funcionamento o quanto antes os portos do Haiti, destruídos pelo terremoto, para armazenar combustível, disse o general Ken Keen. "Um almirante se encarregará de estudar os portos e reabri-los", disse.
Segundo o general, há vários problemas críticos em Porto Príncipe e a falta de combustível é um deles. O Exército americano já conseguiu distribuir 70 mil garrafas d'água e 130 mil refeições. Mil soldados americanos estão trabalhando em Porto Príncipe e 3,6 mil estão na costa, no porta-aviões Carl Vinson.