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Odebrecht na América Latina: novas acusações no Panamá e Equador

Propina da empreiteira teria sido recebida por filhos do ex-presidente panamenho e pelo atual vice-presidente do Equador

Atualização:

Dois filhos do ex-presidente do Panamá Ricardo Martinelli receberam mais de US$ 50 milhões como "pagamentos indevidos" da Odebrecht, de acordo com o executivo da empresa no Panamá, André Campos Rabello. No Equador, o vice-presidente e o ex-procurador geral também são acusados de receber propina da empreiteira. 

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Diversos ex-ministros de Martinelli, atualmente preso nos Estados Unidos enquanto espera que se resolva um pedido de extradição, e algumas figuras ligadas ao partido do atual presidente, Juan Carlos Varela, também captaram dinheiro irregular da Odebrecht, que revelou ter desembolsado cifras milionárias em vários países da América Latina e da África em troca de favores. A Procuradoria-Geral do Panamá afirmou, em um comunicado nesta quinta-feira, 9, que de acordo com executivo Rabello, foram transferidas várias somas milionárias aos filhos de Martinelli - Ricardo Alberto e Luis Enríquez - por meio de contas de sociedades anônimas no Panamá e no exterior entre 2010 e 2014. A família de Martinelli tem rechaçado qualquer elo com o caso de propinas da Odebrecht, além de considerar as acusações uma perseguição política por parte do atual governo. 

Equador

Enquanto isso, o procurador-geral do Equador, Carlos Baca, disse que o vice-presidente, Jorge Glas, e o ex-controlador-geral receberam US$ 13,5 milhões e US$ 10,1 milhões em propinas da Odebrecht, respectivamente. No segundo dia da audiência de preparação para um pedido de destituição de Glas por associação ilícita, o procurador-geral explicou que as propinas eram para garantir à Odebrecht a concessão de cinco grandes contratos estatais entre 2012 e 2016, período em que um tio de Glas atual como intermediário. Para sustentar as acusações, Baca apresentou ao tribunal 28 provas contra Glas e 39 contra Glas e o Tio. /Associated Press

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