O secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, analisou nesta quarta-feira, 17, com o chanceler canadense Peter Kent a possibilidade de permitir o regresso de Honduras ao organismo americano.
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Insulza se reuniu nesta quarta com Kent e "ambos repassaram a atualidade de diversos assuntos hemisféricos, com especial enfoque no processo de normalização democrática em curso em Honduras e a possibilidade de um eventual levantamento da suspensão do direito de participação do país centroamericano na Organização", disse a OEA por meio de um comunicado.
De acordo com Insulza, ele e o ministro canadense constataram que compartilham "um mesmo objetivo em referência a Honduras, que é a criação de um espaço de consenso no hemisfério que permita uma reintegração apropriada do país aos trabalhos da Organização".
Haiti
Insulza também avaliou junto ao secretário de Estado espanhol para a Iberoamérica, Juan Pablo de Laiglesia, a tragédia do Haiti e a situação política em Honduras. O observador permanente da Espanha ante a OEA, o embaixador Javier Sancho, também participou do encontro.
A Espanha ocupa atualmente a presidência semestral da União Europeia (UE).Nesse contexto, a reunião também se estendeu aos observadores da frança, Pierre-Henri Guignard, e da Itália, Giulio María Terzi di Sant'Agata, ao responsável interino da delegação da UE nos Estados Unidos, Angelos Pangratis, e a diplomatas da Alemanha, Suécia e República Checa.
Nas reuniões se analisou a situação política atual no continente americano, com atenção especial ao Haiti e Honduras, segundo a OEA.
Em relação ao Haiti, os participantes analisaram o trabalho das organizações e dos governos para ajudar o país depois do terremoto, e o modo mais efetivo de continuar esse apoio.
Quanto a Honduras, os países estudaram a evolução do processo de normalização democrática no país da América Central.
O objetivo de Insulza é que Honduras se reintegre à OEA. O país está suspenso da organização desde 4 de julho, devido ao golpe de Estado. O regresso não será fácil, pois muitos países, sobretudo os membros da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA), não reconhecem o novo presidente do país, Porfirio Lobo.
A Espanha afirmou que apoiará o "fortalecimento institucional e democrático" de Honduras e seu embaixador em Tegucigalpa, Ignacio Rupérez, já retornou ao país.
Ao mesmo tempo, o chanceler hondurenho, Mario Canahuati, afirmou na terça-feira, 16, que as relações de seu país com a UE foram consolidadas, depois do encontro que Lobo teve na capital hondurenha com representantes europeus na residência do embaixador da Espanha.
Lobo irá a Madrid em maio para participar da cúpula UE-América Latina e Caribe-UE.