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OEA denuncia compra de votos em eleições legislativas da Colômbia

Organização observou prática em ao menos seis dos 32 departamentos colombianos

Por Associated Press
Atualização:

A Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciou nesta terça-feira, 16, que houve compra de votos nas eleições legislativas de domingo na Colômbia, um problema que qualificou como uma forma de burlar as normas eleitorais.

 

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O presidente Álvaro Uribe pediu uma investigação ao chefe da máxima autoridade eleitoral no país, porque o consumo de licor foi permitido na entidade durante o pleito.

 

A compra de votos, uma prática punida com multa ou até sete anos de prisão, foi registrada em ao menos seis dos 32 departamentos (estados) do país, afirmou em coletiva de imprensa o chileno Enrique Correa, chefe da Missão de Observação Eleitoral da OEA.

 

"É um fenômeno enraizado e isso significa, naturalmente, um modo de burlar as normas do financiamento eleitoral", disse Correa.

 

A Missão, que esteve em 16 departamentos, detectou a compra em províncias como Atlántico, Bolívar y Magdalena, no norte do país, Cundinamarca, no centro, no departamento de Nariño, no sul, e no Norte de Santander, no noroeste.

 

A monitoria da OEA "volta a chamar a atenção sobre esta anomalia (a da compra de votos) que já havia detectado e foi pública nas últimas eleições locais (para governadores, prefeitos e vereadores) de 2007", acrescentou Correa.

 

O funcionário deu como exemplo que alguns membros da Missão, integrada por 70 pessoas, perceberam na zona de Palermo, em Magdalena, pessoas que, após votarem, eram informadas de onde teriam de ir para cobrarem seu dinheiro.

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No município de Soledad, no departamento de Atlántico, votos eram trocados por becas para estudantes, segundo Correa. No porto de Girardot, em Cundinamarca, "pagavam 20.000 pesos (pouco mais de US$ 10) e um sanduíche por voto", denunciou o chefe da Missão.

 

Correa também afirmou que houveram "falhas" na capacitação das pessoas ou jurados responsáveis pelas 77.000 mesas eleitorais. Apesar das denúncias, a OEA considerou legítimas as eleições de domingo. "Nós consideramos que essas eleições ocorreram normalmente", disse o funcionário.

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