OEA pede 'máxima prudência' a Colômbia e Venezuela

Secretário-geral José Miguel Insulza espera diálogo para solução da crise

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Por Efe
Atualização:

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, pediu na sexta-feira aos governos da Colômbia e Venezuela para que mantenham a "máxima prudência" na crise que enfrentam, e voltou a pedir o diálogo entre as partes como solução para resolver suas diferenças.

 

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Por meio de um comunicado, Insulza manifestou sua preocupação pelos incidentes ocorridos nos últimos dias na fronteira entre os países, em referência à destruição de duas pontes sobre o rio Táchira feita pelo Exército venezuelano, e à detenção de um "importante político colombiano" por forças militares do país liderado por Hugo Chávez.

 

O ex-ministro da Defesa e atual candidato do Partido Liberal Colombiano à presidência da Colômbia, Rafael Pardo, foi detido hoje pela Guarda Nacional da Venezuela em uma ponte fronteiriça, levado ao país vizinho e liberado pouco depois.

 

"O aumento da violência contribui para a instabilidade da região e cria a possibilidade de incidentes maiores", advertiu Insulza.

 

Por isso, o secretário-geral da OEA pediu à Colômbia e à Venezuela para que adotem postura cautelosa, e lembrou mais uma vez as propostas de diálogo que ele mesmo fez nos últimos dias.

 

"A Cúpula de Países Amazônicos do dia 26 de novembro ou a Cúpula Ibero-Americana do dia 29 são instâncias propícias para esse diálogo", ressaltou.

 

Nesta sexta-feira, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, classificou como "muito grave" a explosão das duas pontes sobre o rio Táchira, mas insistiu em manter um tom conciliador, ao afirmar que seu Governo "não produzirá gestos de guerra".

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As relações entre Colômbia e Venezuela atravessam período de tensão também motivado pelo convênio militar assinado entre Bogotá e Washington, que prevê o uso de sete bases colombianas pelas forças armadas americanas - o que Chávez considera uma "ameaça" à segurança regional.

 

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