26 de janeiro de 2010 | 22h00
Mulher haitiana corre de multidão que se esforça para conseguir retirar comida em Cite Soléil. Foto: Damon Winter/The New York Times
GENEBRA- A ONU admite que está revendo para cima o valor que terá de gastar no Haiti para alimentar 2 milhões de pessoas. As novas estimativas apontam que a ajuda terá de ocorrer por um ano, e não apenas seis meses como havia sido previsto inicialmente. O problema, segundo a entidade, é que a ONU recebeu apenas um terço da quantia que pediu para a distribuição de alimentos, cerca de US$ 275 milhões.
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Outra prioridade do trabalho de socorro da ONU é o de garantir que barracas sejam enviadas ao Haiti. Já seriam 1 milhão de desabrigados e a entidade conta com apenas 40 mil barracas.
Para completar, a organização também indica que passará a dar uma maior atenção às cidades no interior, já que quase 300 mil pessoas já deixaram a capital rumo a essas regiões. O problema é que muitas delas não estão preparadas para atender esse movimento de pessoas.
Com cerca de mil amputações já realizadas pelos hospitais montados pelas equipes de socorro, a ONU insiste que o atendimento aos haitianos está "melhorando". "As coisas estão entrando nos trilhos. Ainda não é perfeito. Mas a tarefa não é impossível", afirmou Elizabeth Byrs, porta-voz da ONU para Assuntos Humanitários.
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