O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu nesta terça-feira, 29, que seja garantida a segurança do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya. Ban descreveu as ameaças à embaixada do Brasil em Tegucigalpa como "inaceitáveis" e "intoleráveis".
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Ban falou, durante entrevista coletiva na sede da ONU em Nova York, que está "profundamente preocupado" com os últimos acontecimentos no país. "A lei internacional é clara: a imunidade soberana não pode ser violada", lembrou. "As ameaças ao pessoal da embaixada e suas premissas são intoleráveis. O Conselho de Segurança condenou esses atos de intimidação. Eu também faço isso, nos termos mais fortes."
Zelaya foi deposto e expulso de Honduras em um golpe de Estado no fim de junho. O presidente deposto retornou ao país há uma semana e desde então está abrigado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
"Exorto os atores políticos a que se comprometam de forma séria com o diálogo e os esforços de mediação regionais. Reafirmo que as Nações Unidas estão dispostas a auxiliar de qualquer forma", disse Ban.
O secretário-geral disse ainda que estava "atento" à decisão do Congresso hondurenho de rejeitar a suspensão das liberdades civis, tal como decidiu no sábado o governo golpista liderado por Roberto Micheletti e também pediu o "pleno respeito" às garantias constitucionais, incluindo as liberdades de associação, expressão e movimento.