
14 de maio de 2014 | 17h47
O diálogo, articulado pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e o Vaticano, pretende aproximar as partes em meio às mobilizações que deixaram 42 mortos e cerca de 800 feridos desde fevereiro.
O secretário-executivo da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Ramón Guillermo Aveledo, afirmou que os líderes do governista Partido Socialista (PSUV) minaram o diálogo com seus insultos constantes e sua recusa em libertar os que denominam como "presos políticos".
"Já transcorreram os primeiros 30 dias deste processo de diálogo político que o país quer e precisa", disse Aveledo na terça-feira, segundo um comunicado. "Este processo de diálogo está em crise, e por responsabilidade do governo nacional", acrescentou.
Desde o início de fevereiro, milhares de venezuelanos saíram às ruas para protestar contra o alto custo de vida, a escassez de produtos básicos e a delinquência alarmante, pelas quais culpam Maduro, herdeiro do falecido Hugo Chávez.
Como primeiras condições para avançar no diálogo, a oposição pediu a liberação dos "presos políticos" e a criação de uma comissão da verdade plural que investigue os episódios de violência e supostas violações de direitos humanos durante as manifestações, entre outras.
Entretanto, segundo Aveledo, o governo não atendeu a nenhum dos pedidos dos oposicionistas.
"Tem que haver retificações (do governo), nós estamos sempre abertos, não fechamos a porta", disse Aveledo.
(Reportagem de Diego Oré e Brian Ellsworth)
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