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Oposição diz que mais dois dissidentes fazem greve de fome em Cuba

Franklin Pelegrino e Darsi Ferrer estão em jejum por protesto há 30 e 10 dias respectivamente

Atualização:

HAVANA - A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) informou nesta terça-feira, 30, que, além de Guillermo Fariñas, outros dois dissidente cubanos fazem greve de fome como protesto a favor da libertação dos presos políticos em Cuba.

 

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Em um comunicado divulgado em Havana, o porta-voz da entidade, Elizardo Sánchez disse que o opositor Franklin Pelegrino completa 30 dias de jejum nesta terça em sua casa na província de Holguín (leste), enquanto o dissidente preso Darsi Ferrer se declarou em greve de fome há 10 dias.

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Os dois dissidentes se unem a Fariñas, psicólogo e jornalista independente que está há mais de um mês em jejum para pedir ao governo cubano a libertação de 26 opositores doentes e para protestar contra a morte de seu companheiro, Orlando Zapata, falecido no começo de fevereiro após 85 dias em greve de fome.

 

De acordo com a CCDHRN, Pelegrino é "um defensor de direitos humanos que completa nesta terça-feira 30 dias em greve de fome, em seu domicílio, para apoiar a reivindicação de Fariñas".

 

No caso de Ferrer, a comissão aponta que foi "recentemente adotado como prisioneiro de consciência pela Anistia Internacional" e se declarou em greve de fome no dia 20 de março na prisão de Valle Grande, em Havana. Segundo a CCDHRN, o protesto de Ferrer se deve ao fato de estar preso sem julgamento ou acusações formais desde 21 de julho de 2009 e de não receber a assistência médica necessária.

 

A CCDHRN ressalta que "não apoia em nenhum contexto" a realização de greves de fome e aponta que o governo cubano "está em plena capacidade" de evitar "novas mortes de grevistas ou prisioneiros muito doentes". Para a comissão, Cuba "deveria escutar, mesmo que seja uma vez em mais de 50 anos, os múltiplos pedidos de diversos governos, Parlamentos, altos dignatários e ONGs para que ponha em liberdade os prisioneiros de consciência mais doentes e, em geral, a todos os presos por motivos políticos", acrescenta.

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