15 de janeiro de 2013 | 07h52
CARACAS - A coalizão de oposição da Venezuela informou na segunda-feira que pediu à OEA o direito de palavra em um conselho permanente, para expor seu ponto de vista sobre a decisão da suprema corte do país de adiar indefinidamente o juramento de Hugo Chávez para um próximo mandato devido ao delicado estado de saúde do presidente.
A Constituição estabelece que um presidente eleito deve assumir no dia 10 de janeiro, mas diante da impossibilidade de Chávez tomar posse nesse dia, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) determinou que não há uma data fixa para a posse e que os membros do governo Chávez deveriam continua exercendo suas funções.
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"Na Venezuela tem ocorrido acontecimentos que, a nosso juízo, configuram uma alteração da ordem constitucional que afeta gravemente a ordem democrática", disse a Mesa de Unidade Democrática (MUD), que agrupa vários partidos de oposição, em uma carta enviada à OEA.
O chefe de gabinete do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Hugo de Zela, disse em um comunicado que recebeu a solicitação das mãos de um enviado da MUD. "O embaixador De Zela assegurou ao representante da MUD em Washington que a secretaria-geral acompanha com atenção o desenvolvimento dos acontecimentos políticos na Venezuela e garantiu que a Carta Democrática Interamerica está na base de toda análise que surja dessa observação", disse o comunicado.
Chávez foi submetido no dia 11 de dezembro a uma quarta cirurgia contra o câncer em Cuba, horas após surpreender o país com o anúncio da recorrência da doença e de nomear o vice-presidente Nicolás Maduro como seu eventual sucessor, caso fossem convocadas novas eleições. Desde que partiu para a ilha cubana, ele não é visto nem ouvido em público, despertando crescentes dúvidas sobre seu estado de saúde.
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