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Oposicionista abandona disputa presidencial na Venezuela

Leopoldo López, ex-prefeito de Caracas, enfrenta proibições políticas para concorrer ao cargo

Atualização:

CARACAS - Um dos líderes da oposição mais conhecidos da Venezuela, o ex-prefeito de Caracas Leopoldo López, retirou-se da disputa presidencial no país e vai apoiar o governador Henrique Capriles Radonski, disseram fontes em ambos os campos.

 

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"É verdade. Ele explicará sua decisão mais tarde ainda hoje, mas basicamente o governo tornou as coisas impossíveis para ele", disse um assessor de López à Reuters nesta terça-feira, referindo-se a uma proibição de o político assumir o cargo.

 

A saída de López deixa cinco candidatos na disputa pela chapa presidencial da coalizão Unidade Democrática em uma primária em 12 de fevereiro. O vencedor vai enfrentar o presidente Hugo Chávez na eleição presidencial de 7 de outubro.

 

A saída do carismático ex-prefeito de Caracas aumenta a força de Capriles, que já liderava a disputa com entre 10 e 20 pontos percentuais nas pesquisas de opinião contra os outros aspirantes da oposição. Analistas dizem que a decisão de López pode ter mais a ver com sua terceira posição nas pesquisas do que com o decreto de proibição que ele havia prometido desafiar. Ex-aluno de Harvard com aparência de ator de Hollywood, López, de 40 anos, era o candidato mais reconhecido no exterior por causa de sua longa batalha legal com o governo de Chávez depois de ter sido excluído da política em 2008. A Corte Interamericana de Direitos Humanos deu um parecer favorável a ele no ano passado, mas e a Suprema Corte da Venezuela decretou de forma confusa que ele poderia disputar a Presidência, mas estava impedido de assumir o cargo por conta de uma investigação pendente sobre corrupção. López sempre negou as acusações.

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