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Opositor de Chávez que guardava explosivos em casa é detido na Venezuela

Adversário político do presidente pode ter ligações com homem acusado de atacar Cuba

Atualização:

CARACAS - Agentes da inteligência da Venezuela disseram nesta terça-feira, 13, ter detido um adversário político do presidente Hugo Chávez por suspeita de relações com um salvadorenho acusado de detonar explosivos em Cuba.

 

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Alejandro Pena Esclusa foi detido em seu apartamento na noite da segunda-feira. Os agentes encontraram o que seriam explosivos e mais de cem detonadores, disse David Colmenares, diretor de contrainteligência do Serviço de Nacional Bolivariano de Inteligência.

 

Os agentes fizeram buscas na casa de Pena com base em informações fornecidas pelo salvadorenho Francisco Chávez Abarca, que foi capturado e entregue a Cuba na semana passada para ser julgado pelos ataques de 1997, disse Colmenares em um programa do canal Globovisión.

 

A mulher de Pena, Indira de Pena, disse à Globovisión que ela não sabia de nada sobre os explosivos no apartamento e chamou a detenção de seu marido de "vergonha". Seu advogado, Alfredo Romero, disse a jornalistas que ele não estava autorizado a entrar no apartamento durante as buscas. Segundo informações de Colmenares, outras buscas devem ser realizadas com base nas informações de Abarcas.

 

Pena é chefe do pequeno grupo Fuerza Solidaria, opositor a Chávez. Ele foi detido em 2002 por suspeitas de ligação com militares que participaram do frustrado golpe de Estado contra o presidente naquele ano, mas foi libertado posteriormente.

 

O Ministro da Justiça, Tareck El Aissami, disse que Abarca reconheceu planejar conturbações nas eleições parlamentares marcadas para setembro e entrou em contato com o que El Aissami chamou de "setores fascistas da oposição Venezuelana".

 

Críticos do presidente Chávez o acusam de usar julgamentos criminais para intimidar oponentes e tentar silencias a oposição, o que o governo nega. Na terça, a advogada de um adversário proeminente de Chávez que fugiu do país para evitar perseguição disse que seu cliente não pretende retornar ao país.

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