Organização de imprensa denunciará Lobo ao TPI 'por assassinatos'

Segundo OPI, presidente hondurenho tem responsabilidade na morte de nove jornalistas

PUBLICIDADE

Por Efe
Atualização:

CARACAS- A Organização de Jornalistas Iberoamericanos (OPI, na sigla em espanhol) disse nesta quarta-feira, 16, que denunciará o governo hondurenho de Porfirio lobo "por assassinatos" ao Tribunal Penal Internacional e outros organismos internacionais.

 

PUBLICIDADE

Com Luis Mondragón, assassinado na segunda por desconhecidos, chegam a nove os jornalistas mortos durante o governo Lobo, que "demonstrou um desprezo absoluto pelos direitos humanos e liberdades essenciais de seus compatriotas, em especial dos profissionais da imprensa", disse o órgão em um comunicado.

 

Além desses crimes, acrescentou a OPI, "mais de 50 advogados, políticos, empresários e pessoas do povo foram assassinados seletivamente por grupos armados atribuídos aos aparatos de inteligência do governo Lobo".

 

As 50 vítimas fatais se contabilizam "a partir do golpe de Estado de Roberto Micheletti até o presente", detalhou a organização.

 

O texto da OPI, assinado por seu presidente, o jornalista venezuelano Álvaro Julio Martínez, também fez um "chamado de urgência à comunidade internacional para que cessem estes assassinatos e os direitos humanos de quem não fez nada senão trabalhar pelo sagrado direito de defender as instituições e as tradições democráticas sejam respeitados".

 

Martínez afirmou que mesmo assim denunciará o governo Lobo "como parte responsável destes assassinatos" à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

 

A CIDH, por sua vez, condenou ontem o assassinato de Mondragón e exortou o governo de Lobo a tomar medidas urgentes frente ao desamparo da imprensa hondurenha.

Publicidade

 

A Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão, que faz parte da CIDH, emitiu um comunicado no qual faz um alerta "à grave situação de desamparo e vulnerabilidade da imprensa" em Honduras.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.