25 de abril de 2010 | 19h47
Efe
ASSUNÇÃO- Duas organizações camponesas e uma das principais centrais sindicais do Paraguai não respeitarão o estado de exceção ordenado pelo presidente Fernando Lugo, porque não renunciarão a suas "mobilizações públicas", disse neste domingo, 24, o dirigente Eládio Flecha.
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"Não renunciaremos a nossas mobilizações públicas nem suspenderemos nossa assembleias nas comunidades do norte, porque as liberdades públicas são uma conquista do povo", disse Flecha, do Movimento Campesino Popular e Revolucionário, de tendência centro-esquerdista.
Odilón Espínola, líder da Federação Nacional Campesina (FNC), organização também de centro-esquerda com 60.000 membros, explicou a jornalistas que têm "uma larga trajetória de luta em favor das liberdades públicas, pelo que continuaremos nos reunindo, apesar do estado de exceção".
A exceção, semelhante ao estado de sítio e implementada para capturar um grupo guerrilheiro, será regida durante os próximos 30 dias nos departamentos de San Pedro, Amambay, Alto Paraguay, Concepción e Villa Hayes, suspendendo as garantias constitucionais nas cinco províncias.
O governo pretende que as forças policiais e militares capturem cerca de 25 combatentes do grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP), que realiza sequestros extorsivos desde 2008.
O EPP matou três civis e um policial na quarta passada durante um assalto à fazenda Santa Adélia, em Concépcion, a 420 km de Assunção, em uma provável tentativa para roubar gado.
Em dois anos, o grupo armado sequestrou dois produtores pecuários e cobrou cerca de U$S 700 mil como resgate.
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